Ambiente ocupacional, entre os diversos agentes de risco existentes em áreas ocupacionais, os gases são sem dúvida o maior desafio do profissional de segurança. A maior parte dos gases nocivos são incolores e inodoros, e são encontrados em diversas etapas produtivas de quase todos os ramos industriais. Alguns usados como matéria prima, outros são produtos finais ou subprodutos remanescentes do processo.
A NR-15 – ATIVIDADES INSALUBRES, é a norma que regulamenta os níveis de exposição ocupacional de agentes nocivos à saúde. Os limites de exposição de gases estão estipulados no anexo 11 – AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE SÃO CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO.
Uma atmosfera segura é compreendida pela seguinte condição:
Essa é a composição do ar que respiramos. Qualquer alteração dessa composição é compreendida como uma situação de risco.
Gases tóxicos em um ambiente ocupacional: CO, H2S, SO2, CL2, NH3, entre outros.
Podem ser definido como um composto, que quando inalado, ingerido ou absorvido em contato com a pele reage quimicamente com nosso organismo, provocando desde uma simples irritação até a morte. Em ambientes ocupacionais industriais muitas vezes a exposição a gases tóxicos é quase que corriqueira ao trabalho executado. Nesses casos é necessário garantir que a exposição não exceda os valores de segurança.
Leva-se em consideração:
Em equipamentos detectores de gases são configurados 3 alarmes para o limites de exposição à gases tóxicos:
Como exemplo o H2S:
Efeito do H2S por tempo em ambiente ocupacional:
São gases inertes, porém quando em altas concentrações ocupam o lugar do oxigênio provocando asfixia. Concentrações de oxigênio abaixo de 19,5%v/v podem causar:
Alteração da respiração e estado emocional, fadiga anormal em qualquer atividade ( entre 12% v/v e 16% v/v);
Aumento da respiração e pulsação, coordenação motora prejudicada, euforia e possível dor de cabeça (entre 10% v/v e 12% v/v);
Náuseas, mobilidade limitada, possível inconsciência podem chegar a colapso se não houver socorro ( entre 6%v/v e 10% v/v);
Parada respiratória seguida de parada cardíaca, levando a óbito em minutos (<6% v/v).
Exemplos de gases asfixiantes:
Nitrogênio – N2
Dióxido de Carbono – CO2
Argônio – Ar
Além da presença de gases asfixiante, a deficiência de oxigênio pode ser causada também nas seguintes situações:
Combustão de substâncias inflamáveis em ambientes com pouca ventilação – (solda oxi-acetilênica, corte oxi-acetilênico, estanhagem entre outros)
Reações químicas de processos industriais ou naturais – (Oxidação de superfícies, secagens de pinturas).
Ação de bactérias – (Fermentação de materiais orgânicos em decomposição).
Respiração humana – ( Trabalho pesado de pessoas por longo período em espaços confinados).
Gases líquidos e inflamáveis são substâncias que misturadas ao ar e recebendo calor apropriado entram em combustão.
Para que ocorra tal processo, são necessárias 3 condições:
Gases inflamáveis são detectados através do percentual do Limite Inferior de Explosividade, usualmente conhecido pelas siglas %LIE ou %LEL. Cada gás possui o seu próprio LIE, dado pela sua concentração ideal a mistura ar+combustível inflame.
Por exemplo, o gás Metano – CH4, cujo LIE é de 5% v/v, ou seja, num ambiente com 100% de ar atmosférico, basta 5% de Metano para que haja uma explosão. Exemplos de gases inflamáveis e seus respectivos LIE:
GAS | FÓRMULA | LEL |
Monóxido de Carbono | CO | 12,5 |
Metano | CH4 | 5,0 |
Pentano | C5H12 | 1,4 |
Estireno | C6H5CHCH2 | 0,9 |
Calibração Acreditada a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro
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